Karl marx

5212 palavras 21 páginas
Karl Marx, A chamada acumulação primitiva, In: O Capital, Livro 1, vol. 2, Cap. XXIV. 1. O segredo da acumulação primitiva
Vimos como o dinheiro se transforma em capital, como se produz mais valia com capital, e mais capital com mais valia. Mas, a acumulação do capital pressupõe a mais valia, a mais valia a produção capitalista [mais valia = produção capitalista, mas como se chegou até aqui, qual o segredo?], e esta a existência de grandes quantidades de capital e de força de trabalho nas mãos dos produtores de mercadorias. Todo esse movimento tem assim a aparência de um circulo vicioso do qual só poderemos escapar admitindo uma acumulação primitiva, anterior à acumulação capitalista (“previous accumulation”, segundo Adam Smith), uma acumulação que não decorre do modo capitalista de produção, mas é seu ponto de partida.
Como os meios de produção e os de subsistência, dinheiro e mercadoria em si mesmos não são capital [quer dizer, dinheiro e mercadoria podem existir sem (ou antes) o modo de produção capitalista]. Tem de haver antes uma transformação [do dinheiro em capital] que só pode ocorrer em determinadas circunstâncias. Duas espécies bem diferentes de possuidores de mercadorias têm de confrontar-se e entrar em contato: de um lado, o proprietário de dinheiro, de meios de produção e de meios de subsistência, empenhado em aumentar a soma de valores que possui, comprando a força de trabalho alheia, e, de outro, os trabalhadores livres, vendedores da própria força de trabalho e, portanto, de trabalho. Trabalhadores livres em dois sentidos, porque não são parte direta dos meios de produção, como escravos e servos [são “livres”] e porque não são donos dos meios de produção, como o camponês autônomo, estando assim livres e desembaraçados deles. Estabelecidos esses dois pólos do mercado, ficam dadas as condições básicas da produção capitalista. O sistema capitalista pressupõe a dissociação entre os trabalhadores e a propriedade dos meios [de produção] pelos quais

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