Karl marx e friederich engels

510 palavras 3 páginas
Por uma história do cuidado
Notícias sobre fatores de risco aparecem, frequentemente, na mídia. Seu sentido usual é convidar os indivíduos a atentarem para aspectos de seu cotidiano antes tidos como banais. Alimentação, bebida, lazer, trabalho, comportamento amoroso - nada parece ser irrelevante para a saúde; se deslocarmos a perspectiva, essa necessidade de constante atenção indica que a saúde se torna um valor maior a orientar nossas ações cotidianas. É urgente, pois, refletir sobre que tipo de vida está sendo construído por esses alertas sobre perigos que estariam à espreita em nossos hábitos e que podem se concretizar num futuro remoto.
A maior parte dos estudos sobre mídia e fatores de risco está focada na distância entre o consenso dos médicos e o consenso dos leigos. De um lado, argumenta-se que deveria haver, da parte dos meios de comunicação, acuidade na tradução do conhecimento médico. De outro, quando se quer que os indivíduos efetivamente se comportem de acordo com as informações veiculadas, discute-se também que deformações são admissíveis; por exemplo, não usar o termo "fator de risco", mas o de "causa" em campanhas publicitárias que visam suscitar mudanças de comportamento. Nesses estudos, portanto, estamos diante de uma ética da verdade. Os efeitos temidos são a informação incorreta e a manutenção de hábitos que contêm riscos, mesmo quando os indivíduos estão adequadamente informados sobre eles.
A preocupação com a acuidade e efetividade das informações é relevante. Contudo, essa forma de crítica do nexo contemporâneo entre mídia e epidemiologia é conduzida do ponto de vista do saber médico; por acreditar na verdade, pode até ser caracterizada como a-histórica. Neste ensaio, adotamos outra estratégia. Propomos que as notícias sobre fatores de risco participem da construção de uma nova subjetividade. O nexo contemporâneo entre mídia e medicina já constitui um ponto de transição na história do cuidado com a saúde. Construção de subjetividade,

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