Kant

102121 palavras 409 páginas
A Religião no Limite da Simples Razão
Na obra em questão, Kant afirma que há somente uma verdadeira religião; podendo haver vários tipos de fé. Nas diversas Igrejas separadas umas das outras pela diversidade de crenças, é possível se deparar com uma única e mesma religião. Kant fala que é mais conveniente dizer "Este homem é desta ou daquela fé" (Judaica, Cristã, Maometana, Luterana, Católica) do que dizer "é desta ou daquela religião". Essa última expressão não deveria ser usada, quando falada em público, pois é erudita e incompreensível, ou seja, Kant fala que o homem em geral, entende por religião a sua fé de Igreja que é apresentada aos nossos sentidos, ao passo que a verdadeira religião é oculta, interior, e depende de disposições de ânimo morais. Daí, a relação inicial para a suposta passagem da moral para a religião.
Na religião racional apresentada por Kant, ou seja, baseada na razão pura, não existem servidores legais ou funcionários: cada membro recebe suas ordens do legislador supremo, como mandamentos. Os servidores de uma fé religiosa são responsáveis pelo dever de conformar seus ensinamentos e organização à pura fé religiosa. O que ocorre, é que muitos servidores esquecem do fim último, atendo-se aos elementos estatuários e históricos da fé da Igreja (PASCAL, p. 188).
O racionalismo que brota da religião em Kant, deve manter-se nos limites do conhecimento humano. Como naturalista, não negará nem discutirá a possibilidade da revelação, nem a necessidade de uma revelação divina para introduzir a verdadeira religião; pois a tal respeito nenhum homem pode decidir algo mediante a simples razão. A distinção da religião natural e revelada, cabe ao sujeito por si mesmo e pela sua razão.
Na mesma obra Kant percebe o problema do mal dentro de duas perspectivas: uma religiosa e outra filosófica. A primeira, o mundo começa com o bem, tendendo depois para o mal. Já no segundo, o homem progride sempre do mal para o bem. Ambas, levam Kant a pensar que a

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