kant e o belo
O que é o belo e o sublime para Kant?
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Por maurocastro / 01/09/2011 / José Maria Dias, Kant / Um Comentário
José Maria Dias
O presente artigo tem como objetivo demonstrar o que é o sublime para Kant, o qual muitas vezes é confundido com o belo na visão dos indivíduos. A partir de uma análise do texto kantiano, tentar-se-á esclarecer algumas dúvidas a respeito dos dois. Com que se relaciona o belo? E o que é o sublime para Kant? Qual será a diferença entre o belo e o sublime? São perguntas que nos levam a refletir sobre o assunto.
Os ajuizamentos podem estar ligados mais a um prazer do que a um conhecimento do objeto em si, já o belo sempre está relacionado ao objeto sensível, enquanto o sublime é se aproxima à razão. “O sublime distingue-se do belo pelo fato de provocar perturbações filosóficas ligadas a uma mistura de dor e prazer” (JIMENEZ, 1999, p. 136).
O belo que vem da natureza tem forma de objeto, e este consiste na limitação, já o sublime é o contrário, ele pode ser encontrado em um objeto que está privado de forma, que implique ou até mesmo provoque a representação do ilimitado, que é pensado além de sua totalidade, “(…) de modo que parece que o belo deve ser considerado como exibição de um conceito indeterminado do intelecto, e o sublime como exibição de um conceito indeterminado da razão”. (REALE; ANTISERI, 2006, p. 424 e 425.)
No primeiro caso o prazer do indivíduo está, portanto, ligado na representação da qualidade, ao passo que no segundo está ligado à quantidade. Entre os dois tipos de prazer que existem, há uma notável diferença quanto à espécie, porque o belo traz implicação da vida, sendo assim pode ser conciliado com os atrativos e também com o jogo da imaginação, já o sentimento provocado pelo sublime é diferente:
(…) é um prazer que surge apenas indiretamente, ou seja, é produzido pelo sentido de um impedimento momentâneo, seguido de uma efusão mais forte das forças vitais e, por isso,