Kant e a Sexualidade

Filosofia 10ºano
Educação sexual

Segundo a organização Mundial de Saúde, a sexualidade é “uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos e somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A sexualidade influência pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental.”
Atualmente concede-se bastante importância à sexualidade no ser humano. Isso nota-se em muitas áreas, na educação os jovens são ensinados e também atentados para uma sexualidade consciente, na Saúde tenta-se tratar problemas relacionados com violência, abusos sexuais, medos e inseguranças relacionadas com o sexo.
A sexualidade, tal como outra área do relacionamento humano, está sujeita a leis. Considera-se proibido qualquer tipo de violência sexual exercida sobre outra pessoa. Violar alguém é legalmente, moralmente e eticamente errado. A Filosofia dá um grande contributo às leis, Kant é exemplo disso. Este filósofo considera que uma ação é correta ou incorreta independentemente das consequências, ao estudar esta matéria Kant distinguiu dois tipos de imperativos, os hiperativos e os categóricos. O imperativo categórico defende que uma ação boa é universal e ordena incondicionalmente, ou seja, vale para todos os seres racionais e vale independentemente das circunstâncias. Como podemos relacionar a filosofia de Kant com a sexualidade? Pensemos, por exemplo, nos casos da violação. Há quem tente arranjar atenuantes para o violador, dizendo que a vitima estava a tentar seduzi-lo. Mas para este crime não há desculpas nem circunstâncias atenuantes.
Em circunstância alguma se deve abusar sexualmente de alguém, quer seja uma pessoa desconhecida ou o próprio cônjuge.