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A ESPANHA E A AMÉRICA NO FINAL DO SÉCULO XV: O DESCOBRIMENTO E A CONQUISTA

As comemorações dos 500 anos do descobrimento da América levantaram acaloradas discussões a respeito. O termo “descobrimento” foi questionado por sugerir uma visão parcial dos fatos. Os órgãos oficiais passam a utilizar a expressão encontro entre dois mundos. Mas muitos setores da sociedade consideram que não há razões para comemora a conquista violenta da América pelos espanhóis. Por isso a Assembleia Geral do Conselho Mundial dos Povos Indígenas propõe que 1992 fosse considerado o ano mundial da dignidade e dos direitos indígenas.
Os historiadores devem procurar analisar as ações espanholas da conquista do Novo Mundo dentro de seu contexto histórico, sem cair numa falsa neutralidade científica.
Será abordada no texto a situação na Espanha e na América no período anterior ao descobrimento, e abem desenrolar dos acontecimentos durante a conquista.
A Espanha da Transição
A Espanha do fim do século XV deve ser estudada tendo como pano de fundo a transição do feudalismo para o capitalismo.
A passagem da sociedade feudal para a capitalista foi um processo de longa duração. Inicia-se no século XIV e estende-se até o século XVIII. Foi um processo global que atingiu todos os níveis da sociedade.
Entre os diversos e irregulares processos da transição capitalismo-feudalismo, interessa para esse texto a expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e XVI.
Diversos fatores influenciaram tal expansão: a busca por metais preciosos em outros continentes frente ao esgotamento das minas europeias e também por artigos de luxo que geravam grandes lucros.
Houve também o desenvolvimento de um setor mercantil na economia europeia, principalmente nas cidades do norte da Itália.
Para fortalecer os novos Estados em processo de centralização do poder, os monarcas investiram nas grandes navegações, obtendo lucros enormes.
Também se destaca um espírito cruzadista, a busca por novos fiéis para o

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