Justiça Retributiva
A psicologia possui origem na filosofia, onde surgiram os primeiros questionamentos sobre o homem, sua existência, forma de estar no mundo, de conhecer e de se relacionar com as pessoas e os objetos. Tudo isto era referido à alma, “Psiqué”. A psicologia só passou a ser considerada ciência, nos moldes positivistas, a partir de Wundt e seus estudos de laboratório sobre percepção. Wundt trouxe o estruturalismo como a primeira corrente a estudar a percepção, a partir dos “átomos de pensamento”, pequenas estruturas que comporiam o pensamento. Os estudos sobre percepção não pararam em Wundt, recebendo contribuições de inúmeras teorias e autores ao longo dos anos.
Hoje, se entende que a percepção se dá de forma dialética, ou seja, a partir da relação entre aquele que percebe (sujeito) e o que é percebido (objeto). Entende-se também que a percepção é influenciada pelos nossos sentidos físicos e pelas circunstâncias do contato com o objeto.
Além disto, a experiência da percepção é distinta para cada sujeito porque não está relacionada apenas ao acontecimento, mas a elaboração interna que cada um fará sobre o momento. A percepção recebe, portanto, influência das nossas experiências anteriores, nossos interesses, que interferem na interpretação que damos às nossas experiências.
Tendo como objeto de estudo o homem e suas relações sociais, a Psicologia está presente em diversas áreas de atuação, se associando a outros profissionais em ações inter, multi e transdisciplinares, alargando suas fronteiras para dialogar com outros saberes. Reconstrói as fronteiras e suas identidades deixando evidente sua complexidade epistemológica e metodológica. Um dos campos que a psicologia se aproxima é o jurídico, onde teve suas primeiras práticas com a Psicologia do Testemunho, quando o judiciário esperava que o psicólogo fosse capaz de atestar a veracidade e fidedignidade dos depoimentos. Isto por conta da expectativa de que buscando padrões de comportamento