Junior
CAPÍTULO I: A GESTÃO
1.1.
CONCEITO DE GESTÃO
Todos nós temos objectivos: objectivos individuais, cuja realização depende só de nós, e objectivos colectivos, cuja realização estará dependente de encontrarmos um conjunto de circunstâncias para que possam ser satisfeitos.
Vivemos numa sociedade dominada por organizações, grandes ou pequenas, com ou sem fins lucrativos — hospitais, escolas, igrejas, forças armadas, empresas, governo e organismos oficiais — nas quais as pessoas trabalham em conjunto, com vista a prossecução de objetivos que seriam impossíveis de atingir se as pessoas trabalhassem isoladamente.
De entre essas organizações, a empresa é, sem dúvida, uma das mais importantes e com maiores repercussões nas nossas vidas. Contudo, nem todas as iniciativas empresariais terminam em sucesso. Na realidade, mesmo num pais de empreendedores e onde as técnicas de gestão estão mais desenvolvidas, como os Estados Unidos da América, 24% dos novos negócios falham nos primeiros dois anos, e apenas 48% se mantêm para além de quatro
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anos. Os custos da má gestão são elevados para a sociedade, e não são apenas os recursos financeiros e materiais que são desperdiçados. Também as pessoas que constituem essas empresas — gestores incluídos — sofrem as consequências negativas do seu encerramento.
Falências de empresas de significativa dimensão podem resultar em problemas sociais graves quando desenvolvem a sua atividade (como por vezes acontece) em regiões onde as alternativas de emprego para os seus habitantes são reduzidas. Quando representam um peso significativo no conjunto dos seus clientes ou dos fornecedores, os seus problemas podem acabar por refletir-se naqueles. Na maior parte dos casos, a causa da falência de empresas deve-se a má gestão. De facto, cada vez mais se reconhece que o fator mais significativo na determinação do desempenho e do sucesso de qualquer organização é a qualidade da sua gestão.