jubiaba

1449 palavras 6 páginas
A narrativa é composta de contos e lendas que fazem parte do imaginário do povo nordestino, além das histórias de marinheiros viajantes que levam uma vida de constantes perigos. Essas histórias educam a personagem Balduíno durante toda a primeira e segunda parte do romance.

O mundo ao qual Balduíno pertence é recheado de histórias de seu povo, tanto dos seus ascendentes quanto dos homens que viveram ali: saveireiros, jagunços, sertanejos, operários, que se dão ao seu conhecimento pelas vozes narrativas dessas pessoas mais velhas: pai Jubiabá, Zé Camarão, Mestre Manuel, tia Luísa.

Narração

Jubiabá tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que com grande clareza, conta as peripécias do protagonista e dá voz às personagens. Observam-se, nesse romance, dois tipos de discurso, sendo o primeiro o discurso narrativizado, ou contado, em que o narrador coloca-se por detrás, conduzindo a narrativa em seu próprio nome. Pode-se citar, como exemplo, as primeiras páginas do romance: Antonio Balduíno ficava em cima do morro vendo a fila de luzes que era a cidade em baixo. Sons de violão se arrastavam pelo morro mal a Lua aparecia. [Ele] vivia metido num camisolão sempre sujo de barro [...]. A outra forma de discurso empregada pelo narrador é aquela denominada discurso mimético, na qual o narrador finge ceder literalmente a palavra à sua personagem, fazendo uso dos diálogos, presentificando as atitudes, gestos, sentimentos das personagens. Cita-se um trecho, a fim de exemplificação: – Deus lhe paga, seu comendador, essa caridade que o senhor está fazendo com o menino... Deus lhe paga dando saúde a todos desta casa... – Obrigada, Sinhá Augusta. Agora leva o menino lá pra dentro e diga a Amélia pra dar comida a ele.

O narrador, em Jubiabá, é, acima de tudo, um contador de histórias. É possível mesmo afirmar que a formação do protagonista, Balduíno, dá-se informalmente, através de relatos de histórias do povo, veiculados pelas vozes narrativas possibilitadas pela

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