João Batista Vilanova Artigas

João Batista Vilanova Artigas

João Batista Vilanova Artigas nasceu em Curitiba, em junho de 1915. Começou a estudar engenharia em Curitiba na Escola de Engenharia da UFPR e, buscando a arquitetura, transferiu-se para a Escola Politécnica da USP na qual se formou arquiteto por volta de 1937. Para complementar a sua formação profissional, frequentou um curso de desenho com modelo vivo naEscola de Belas Artes, período em que convivia com os artistas plásticos Volpi, Rebolo, Bonadei, Clóvis Graciano e Virgínia Camargo, com quem se casou. É forte na formação de Artigas a convivência com os artistas populares de São Paulo do grupo Santa Helena (a chamada “família artística paulista”).
Como estudante trabalhou no escritório de Oswaldo Bratke, importante arquiteto paulista pioneiro da arquitetura moderna em São Paulo. Aos vinte e três anos de idade participou do concurso para projeto do Paço Municipal de São Paulo em parceria com Gregori Warchavchik, classificando-se em segundo lugar. Nesta mesma época tornou-se professor assistente de Arquitetura na Escola Politécnica e montou uma construtora com um colega, a Marone & Artigas que funcionou de 1940 até 1944.
Em 1948, participou da criação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo- FAU/USP, onde passou a lecionar. Em 1961 propôs inovações didáticas marcantes na “reforma do ensino” da FAU/USP, definindo critérios que foram adotados por muitas escolas de arquitetura no Brasil.
Sua arquitetura é associada ao movimento arquitetônico Escola Paulista , e se caracteriza pela verdade e plasticidade estrutural, a exploração da estética do concreto, a presença de cores fortes, a valorização de espaços coletivos em detrimento dos individuais - característica que traduzia os seus ideais políticos. Filiado ao partido comunista, Artigas foi exilado pelo governo militar, retornando ao Brasil e ao ensino em 1979. A historiografia considera que a sua obra se dividiu em três grandes fases: uma primeira,