Jornalista morto durante a Ditadura Militar

677 palavras 3 páginas
Antônio Benetazzo
Nascido em Verona, na Itália, em 1941, foi educado por seus pais segundo os ideais da luta contra o nazismo e o fascismo na Europa. Essa formação o levou na adolescência, já no Brasil – para onde seus pais se mudaram quando ele ainda era pequeno – a uma participação efetiva em movimentos populares e estudantis. Ainda estudante secundarista, ingressou no PCB, e depois participou ativamente dos Centros Populares de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi presidente do Centro Acadêmico de Filosofia da USP e professor de história em cursos pré-vestibulares. Foi um dos idealizadores do jornal alternativo Amanhã. Em 1967, saiu do PCB e ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Mariguella, uma dissidência do PCB, e posteriormente passou para a clandestinidade. Viajou a Cuba em 1971, para fazer cursos de formação política e de combate, junto com outros brasileiros, que decidiram formar uma nova organização política, o Movimento de Libertação Popular (Molipo). Mais uma vez Benetazzo se voltou para o jornalismo, como redator do órgão oficial do partido. Preso em 28 de outubro de 1972, foi torturado ininterruptamente durante dois dias no Departamento de Operações Internas – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI, sucessor da Operação Bandeirantes, do II Exército) de São Paulo, instalado numa delegacia de polícia da Rua Tutóia, no bairro do Paraíso. Morreu no dia 30, com 31 anos, em consequência de traumatismo crânio encefálico. No dia 2 de novembro, os jornais divulgaram nota oficial dos órgãos de segurança informando que Benetazzo havia sido atropelado e morto por um caminhão, ao tentar fugir quando era levado por agentes da repressão para um encontro com companheiros de organização. Foi enterrado no Cemitério de Perus, como indigente, mas posteriormente a família conseguiu resgatar seus restos mortais. Em 16 de janeiro de 1973, embora já morto e enterrado, teve a prisão decretada pela Segunda

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