jornalismo
Desde o início dos protestos, o embate contra as forças policiais foi uma marca bastante evidente e controversa. A partir disso, surge a figura do vândalo e a recorrente exploração dessa imagem pela mídia. A associação entre as manifestações e o vandalismo foi o mote de manchetes nos veículos tradicionais de imprensa do país. O bordão "não são só por 20 centavos" surge a partir de uma declaração feita pelo cronista Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo, de que "esses revoltosos de classe média não valem nem 20 centavos".
A mídia também passa a ser questionada. A "eliminação" de intermediadores não só ficou restrita às bandeiras partidárias. Se colocando sempre como um movimento apartidário, o que de fato era, esses jovens não elegem a grande mídia como principal canal de comunicação. Os veículos de imprensa passam a ser vistos como tendenciosos, como agentes de deslegitimação da luta. Munidos de smartphones, os manifestantes utilizam as redes sociais como principal canal de comunicação e interlocução com o público. A informação passou a ser direta, de individuo para individuo, não mais necessariamente mediada por veículos de comunicação.
Apesar desse contexto de maior fluxo de informação sem os tradicionais intermediários, ainda é evidente a influencia que os veículos de comunicação em massa exercem sobre as pessoas em suas leituras de mundo e