Jornadas de Junho
Maio de 2013, o Brasil tem certa atenção internacional -afinal fora sorteado para sediar o mais popular dos eventos esportivos mundiais-, mas até então a pauta era a Copa. Isso estava prestes a mudar com o anuncio do governador Alckimin e do prefeito Haddad no dia 23 de Maio:
"Anúncio do Valor (23/05/2013)
Haddad e Alckmin anunciam o aumento das tarifas para ônibus, trêm e metro de R$ 3,00 para R$ 3,20"
"Três reais e vinte centavos", "vinte centavos", eis o que diz-se ter sido o que desencadeou uma das mobilizações populares mais massivas já assistida pelos brasileiros, uma reação em cadeia de manifestações, confrontos e reinvidicações múltiplas, as vezes genéricas mas sem dúvida expressão de uma insatisfação latente.
Ainda hoje, passado mais de um ano do histórico acontecido, não parece haver reflexões suficientemente profundas e análises bem elaboradas, parece que falta-nos ainda digerir tudo o que se passou. Com este breve estudo escolar pretendemos apresentar os fatos, datas e possíveis catalisadores das Jornadas de Junho, e propor-se a apresentar nosso ponto de vista buscando confrontá-lo com os demais.
CRONOLOGIA
4 de Janeiro de 2012
"No Rio de Janeiro, na virada de 2011 para 2012 as passagens de ônibus aumentaram de R$ 2,50 para R$ 2,75, o que levou alguns movimentos organizarem um primeiro ato no dia 4 de Janeiro de 2012 -no máximo 500 manifestantes."
9 de fevereiro de 2012
"Revoltados com a péssima qualidade dos trens do Rio de Janeiro, atrasos e a superlotação, usuários de trens da Supervia tomam o controle de uma das composições. Irrompe um movimento espontâneo de trabalhadores usuários da Supervia, que é duramente reprimido pela PM -durante esse ano, em outubro de 2012 é fundado o Fórum de Lutas contra o aumento das passagens, que reuniu militantes dos movimentos sociais da esquerda, como grupos, coletivos, partidos de esquerda e ativistas independentes, e que no