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5928 palavras 24 páginas
A SEMIÓTICA EM CESÁRIO VERDE.
DE TARDE, UM POEMA, UMA AQUARELA.

Nícia Ribas D´ÁVILA

Professora e Pós-Doutora dos programas de Pós-graduação em Comunicação Midiática, da disciplina “Semiótica do texto verbal, do som e da imagem”, na UNESP – Bauru / SP; e em Comunicação, da disciplina: “Semiótica do texto verbal e da imagem” (nos discursos publicitários ou sincréticos), na UNIMAR – Marília / SP – Brasil.
E-mail: niciadavila@uol.com.br
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Sânderson Reginaldo de MELLO –
Aluno do Programa de Pós-graduação em Comunicação Midiática da UNESP-Bauru /SP – Brasil. E-mail: sr.mello@uol.com.br

RESUMO
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No poema ‘De Tarde’, demonstraremos como as modalidades aléticas configuram-se, complementando o percurso do narrador, cuja manifestação actancial permitiu identificá-lo como um sujeito do /Fazer/ poético que, na essência do seu lirismo - a exemplo do artista plástico – dá forma e cor às palavras aproximando-as da arte visual. Sua pena é a metáfora do seu pincel. Pelas palavras, o poema conduz o destinatário à sensação estésica da coloração. Pela adoção de valores comparativos, apreendemos do texto poético, da organização do verso e do poder da palavra, sua sincronia com a arte pictórica do impressionismo. Desencadeadora das perfórmances que definem o /Fazer-Ser/ do poema que a análise possibilitou-nos visualizar no desfilar dos programas narrativos, a competência poética permitiu ainda implicar, nas três etapas do percurso do sentido, o caráter ficcional investigado no plano das pluriisotopias. Na Semântica discursiva, apresentaremos as figuras do conteúdo que revelam a isotopia temática ideológica, entre outras constantes da análise, nos Realismo e idealismo revolucionários confrontados no percurso figurativo do sarcasmo, onde a dicotomia poema/pintura se solidifica provendo, pela sinestesia, a fusão da instância enunciva à

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