John Locke

2088 palavras 9 páginas
Atualidade no século XVII
John Locke, expoente máximo do iluminismo inglês, e figura incontornável do pensamento filosófico moderno, publica anonimamente, em 1681, Dois Tratados do Governo. No Primeiro Tratado o autor refuta as ideias de Robert Filmer numa tentativa de derrubar os seus princípios e fundamentos, que considera falsos. Estes princípios assentavam essencialmente na defesa do direito divino dos reis, no absolutismo, e na importância do patriarca na família e na sociedade. Estão expostas, em grande parte, na sua obra O Patriarca publicada em 1680. Para além disto, Locke descreve também a situação corrente do governo civil. No Segundo Tratado do Governo, objeto de análise da presente recensão, John Locke teoriza sobre a política da sociedade civil baseada no direito natural e na teoria do contrato social, é um ensaio sobre A Verdadeira Origem, Alcance e Finalidade do Governo Civil. John Locke nasceu em 1632 em Wrington, Somerset, no sudoeste da Inglaterra, numa família com inclinações puritanas e parlamentaristas. Vivenciou um momento bastante conturbado na história político – económica do seu país, marcado pela revolução gloriosa, que ocorreu entre 1688 e 1689, na qual foi deposto o rei Jaime II, em favor da sua filha Maria II e do seu marido Guilherme III, príncipe de Orange. Aliás, no prefácio do seu livro Dois Tratados do Governo Locke manifesta a esperança de que a sua publicação possa ajudar a legitimar e consolidar Guilherme de Orange como rei da Grã-Bretanha. O autor apelida-o, inclusive, de “grande restaurador”. Duas das principais influências para John Locke e para a consequente escrita da sua obra foram John Owen, no que diz respeito à importância da tolerância religiosa, e René Descartes nos campos do racionalismo e do antropocentrismo.
John Locke começa o seu Segundo Tratado do Governo referindo sucintamente alguns dos aspetos principais do Primeiro Tratado do Governo. Para Locke, a teoria de Filmer segundo a qual os monarcas absolutistas

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