No modelo tradicional de ensino, não há interação de conhecimentos entre professores e alunos e o livro didático é a única ferramenta utilizada. O professor possui uma visão simplista de transmissor do conteúdo e detentor de todo o saber (SETÚVAL; BEJARANO, 2009). A idéia de um ensino a ser despertado pelo interesse do aluno acabou transformando o sentido do que se entende por material pedagógico. Seu interesse passou a ser a força norteadora que comanda o processo da aprendizagem (MORATORI, 2003). Atualmente pode-se perceber a preocupação constante em utilizar materiais e métodos alternativos de ensino, que despertem a curiosidade e facilitem o aprendizado significativo dos alunos (COELHO, 2010). A teoria das múltiplas inteligências, de Gardner, sugere que cada estudante aprende de forma diferenciada e que cabe ao professor elaborar alternativas de ensino e aprendizagem que contribuam para o desenvolvimento de tais competências nos alunos. Esse fator, associado à dificuldade de se ministrar alguns conteúdos de Biologia, indica a necessidade de se propor atividades alternativas que possam contribuir para o processo de ensino e aprendizagem (MORATORI, 2003). A construção de modelos didáticos, a exemplo de jogos pedagógicos, tem por objetivo proporcionar determinadas aprendizagens, diferenciando-se do material pedagógico usual por possuir um aspecto lúdico (CUNHA, 1988). A utilização destes jogos é uma alternativa para melhorar o desempenho de alguns estudantes frente ao aprendizado de determinados conteúdos considerados difíceis (GOMES ET al., 2001). Os jogos educativos são amplamente utilizados com facilitadores do processo ensino-aprendizagem, pois permitem uma melhor fixação e a compreensão do conteúdo, sendo um desafio facilmente superado, e ainda tornado divertido ensinar e aprender.