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RESENHA DO FILME: JUSTIÇA PARA TODOS

O Filme conta a história do advogado Arthur, idealista que preza, além de uma defesa técnica e de forte intensidade, preza acima disto, a ética e os bons costumes. Que se preocupa em trabalhar da melhor forma possível para defender os seus clientes. Porém o advogado não se da muito bem com o juiz Fleming, que é um juiz positivista, inflexível, adepto de um ceticismo ético que quer demonstrar que não há ética, não há moralidade que só há o que está escrito no livro. Mas em uma manhã Arthur recebe a notícia de que o juiz Fleming foi preso acusado de ter estuprado e espancado uma jovem, e que o juiz queria que Arthur defendesse-o, pois como todos sabiam da rivalidade existente entre os dois, Arthur só o defenderia se tivesse certeza de sua inocência. Sendo chantageado Arthur acaba pegando o caso, mas ele descobre que o juiz Fleming é realmente culpado de ter estuprado a vítima. No inicio do julgamento Arthur coloca o réu no lugar da vitima, porém conclui o seu discurso dizendo a promotoria e aos jurados de que Fleming realmente havia cometido o crime e era culpado, havendo assim uma quebra no código de ética.
O filme faz uma critica ao sistema judiciário, que é um sistema cheio de fragilidades, de contradições, tráfico de influências, corrupções, de impunidade e de injustiças no sistema prisional que mostra claramente o sofrimento dos presos, celas cheias e brigas constantes entre eles. O filme faz uma associação às concepções de Direito e o comportamento (moral e ético). Procura também demonstrar, através da construção de seus personagens que não existe uma justiça universal, e que este modelo de sistema, ancorado no Liberalismo, estaria esgotado. Haveria, na realidade, um sistema que diferencia pessoas por classe, raça e gênero. Mostra também os conflitos e as contradições que um profissional do direito passa, a luta incondicional do conflito ético entre viver segundo as regras do "sistema" ou seguir suas convicções