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9583 palavras 39 páginas
Bases teórico-metodológicas para a coleta de dados de enfermagem 1

Mariana Fernandes de Souza / Alba Lucia Bottura Leite de Barros / Jeanne Liliane Marlene Michel /
Maria Miriam Lima da Nóbrega / Marcela Zanatta Ganzarolli

Aplicação de modelos teóricos na enfermagem
A realidade, a circunstância em que vivemos, precisa ser por nós interpretada. Temos a necessidade de atribuir-lhe significados para poder interagir com ela. Sem interpretação, compreensão ou explicação, não saberíamos como abordá-la ao exercer nossas atividades. Essa compreensão ou explicação é feita pela elaboração de modelos e teorias, os quais organizam a nossa percepção e interpretação do mundo (Souza,
1996).

A enfermagem, como qualquer profissão, sempre estruturou princípios, valores e normas para guiar sua ação. A proposta mais antiga dessa organização foi feita por Florence Nightingale, há mais de um século. A partir de 1950, iniciou-se o movimento de organização formal de modelos conceituais e teorias de enfermagem.
Discussões acerca das diferenças entre modelo conceitual e teoria e questionamentos sobre a produção dessas teorias (na área da enfermagem) começam a aparecer na literatura na década de 1970.
Para alguns autores, como, por exemplo, Fawcett (1984), o modelo conceitual se refere a ideias globais sobre indivíduos, grupos, situações e eventos de interesse para uma disciplina. Os conceitos têm um alto nível de abstração e generalização. A teoria apresenta um conjunto de conceitos inter-relacionados de forma mais concreta e específica. São definidos e podem ser operacionalmente testados. Ao discutir essas diferenças, Meleis (1997) as analisa e diz que são baseadas em três aspectos: definição, inter-relação dos conceitos e nível de abstração. As definições e inter-relações dos conceitos são atualmente consideradas necessárias tanto para um modelo conceitual como para uma teoria. Quanto ao nível de abstração, as teorias podem ser classificadas como de ampla,

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