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1346 palavras 6 páginas
O filme “Mar adentro” (2004) dirigido por Alejandro Amenabár, conta a história real de Ramón Sampedro, tetraplégico que lutou para conseguir direito de tirar a própria vida através da eutanásia. O protagonista, quando jovem, era marinheiro e estava sempre viajando com o desejo de conhecer o mundo e viver a vida em liberdade, após um mergulho mal calculado em uma parte rasa do mar lesionou o pescoço, o que o deixou tetraplégico por 28 anos. Preso a uma cama e sem ver mais sentido algum para continuar vivendo, luta perante o tribunal espanhol para conseguir autorização de realizar a eutanásia e assim ter uma morte, segundo ele, digna.
Ao longo do filme diversas pessoas tentam convencer Ramón do contrário, que mesmo tetraplégico a vida vale a pena, o que não parece racional para Ramón já que ele preza por sua liberdade e na situação em que se encontra, dependendo de alguém para fazer a mais simples tarefa, não consegue ver nenhuma possibilidade de ser livre, portanto, nem sentido para continuar vivendo. Uma dessas pessoas é um padre dizendo que “uma liberdade que elimina a vida não é liberdade” em contraponto Ramón diz que “uma vida que elimina a liberdade tampouco é vida”.
Podemos relacionar essa situação e a posição do protagonista com o existencialismo de Sartre onde um dos principais pontos é a liberdade de escolha que o homem tem. Segundo Sartre, a liberdade não é uma qualidade que se acrescente às demais apresentadas pelo homem – ela é o que o constitui como homem. A liberdade é o único fundamento do ser. (apud PENHA, 2004)
O existencialismo sartreano baseia-se na idéia de que “a existência precede a essência”, ou seja, o homem primeiro existe, vive, forma-se para depois se definir e definir sua essência, negando assim a existência de um Deus que tenha criado o homem com uma natureza ou instinto definido. Essa essência por não ser algo inato e estar de acordo com as vivências do homem, também não é imutável. Por isso quando Ramón era saudável podia realizar

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