jamais trabalhe

“Jamais trabalhe “ dizia Guy Debord, o filósofo situacionista.
O livro Bom-dia, preguiça! Tem por meta promover a sua desmoralização, Ensinando a tirar proveito da empresa que o emprega. Explica por que lhes interessa trabalhar o mínimo possível sem dar na vista. Afirma que uma empresa não é uma entidade humanista, ela não é uma fonte de prazer.
Os que mais falam de uma empresa , jamais ali trabalharam; eles não sabem. Os que sabem evitam falar ; os consultores que decidiram larga-las para abrir suas próprias empresas e se calam, porque não lhes interessa cortar o galho onde estão pousados. O mesmo se aplica aos gurus da administração , que inundam de conselhos o mundo dos negócios, lançando modas nas quais eles mesmos não levam fé.
Apesar de tudo ainda tem quem fale da empresa como ela realmente é, ela não é lugar de paixões nobres como a coragem, a generosidade e a dedicação ao bem comum.
No inicio o mundo empresarial é motivador mas logo chega a desilusão, você começa a descobrir que o universo da empresa não é esse” borogodó” todo: não é só chato como também potencialmente cruel.
A ausência de perspectivas individuais e sociais é tamanha que deve causar prevenções desde agora. Como por exemplo: Escolhendo profissões menos integradas ao jogo capitalista, ou então se retirem parcialmente do mundo empresarial, trabalhando meio período, consagre o melhor do seu tempo a atividades mais palpitantes.
Em uma pesquisa 17% dos funcionários franceses estão “ativamente desligados “ e 3% “ se empenham em suas funções. Quanto aos outros aqueles que não pertencem a nenhuma das duas categorias, a empresa a empresa se esforça para ” motivá-los”. Esta bem claro que , quando surge a questão de como “estimular” os assalariados a arregaçar as mangas, é porque eles não dão a mínima pra seus empregos!
O “desligamento ativo” não acarretará problema algum para você, desde que seja de forma discreta.
Pierre de Caubertin dizia que o importante é participar mas o