Jacques Vergés

Jacques Vergés era uma pessoa muito polêmica. Dotado de muita retórica, alto poder de argumentação e uma pessoa que defendia seus clientes, ora seus ideais, com unhas e dentes, já que segundo ele é o que se deve fazer ao aceitar defender uma pessoa. Defendeu muitos dos piores criminosos do século XX, como o nazista conhecido por “Açougueiro de Lyon”, Klaus Barbie, o líder do Khmer Vermelho, Pol Pot, e a acusada de terrorismo pela FLN da Argélia, Djamila Bourihed, com quem viria a se casar mais tarde. Esses foram alguns nomes que ele defendeu em sua trajetória como advogado criminal, mas será ele um defensor de terroristas? Ou apenas um advogado querendo fama e fortuna? Por que ele escolheu defender esses criminosos? Ele é um simpatizante do caos e da matança? Essas são algumas perguntas que encontraremos resposta aqui. Seu primeiro caso, e o mais pessoal também, foi da defesa de Djamila. Pouco tempo após ter se formado em Direito, foi chamado para a Argélia para ser o advogado de defesa dos militantes nacionalistas, uma deles era justamente ela. Ao ver uma mulher corajosa e determinada como ela, lutando contra o colonialismo, assim como ele, logo sentiu sentimentos por ela mas não demonstrou em momento algum até ela sair da prisão. Sendo uma mulher de boa aparência, nunca desconfiariam que ela seria uma terrorista com uma bomba. Esse caso foi basicamente a chave para desencadear sua personalidade e seus ideais que ele carregaria para sempre. A partir dessa experiência, ele quis lutar contra os países considerados de primeiro mundo e que em algum momento colonizaram outros, tirando a nação deles e usando em seu benefício. Ele só teve como objetivo de vida, lutar contra os colonizadores e a melhor forma era ser um advogado, já que se ele pegasse uma metralhadora seria apenas mais um soldado e em certo momento ele foi preso, junto com outros profissionais da mesma área, pois estavam dando mais trabalho que os soldados. É fato que ele gostava de charutos e de luxos,