j6tj,k

618 palavras 3 páginas
Capítulo 8. “... Filosofar é aprender a morrer...” Fumando um cigarro no meio da madrugada, Eduardo empurrava a cadeira de rodas de Roberto. Os dois já haviam percorrido boa parte do trajeto e estavam a menos de alguns minutos da casa do velho empresário. Evitavam trocar qualquer tipo de palavra ao não ser o necessário para se chegar ao destino.
~~
Depois de algumas horas dentro do seu carro, onde fumou todos os cigarros que tinha nas três carteiras que estavam no porta luvas e observando pelo retrovisor Roberto imóvel na cadeira de rodas. Eduardo saiu do seu veículo passando a mão na lataria do possante que recentemente havia comprado.
- Pelo menos não vou ter que pagar as últimas prestações. – Falou sorrindo por finalmente pensar em uma boa notícia. Usando terno preto e sapatos negros que tinha lustrado na manhã que passou, olhou para os lados procurando um lugar onde poderia achar cigarros. Avistou uma loja de conveniência no outro lado da rua e foi ao seu encontro em busca do funesto vicio.
- Para onde você está pretendendo ir? - Perguntou Roberto sem virar a cabeça para olhar Eduardo.
- Em lugar algum. - Respondeu Eduardo não dando muita importância, continuando a caminhar em direção a loja.
- Geralmente são esses os destinos que os carros estacados levam. - Discorreu Roberto com um tom de sarcasmo e sarcasmo era uma coisa que Eduardo não gostava a não ser quando ele sacaneava os outros.
- E as cadeiras de rodas também. – Replicou Eduardo continuando a procura por cigarros. Sorumbático na sua cadeira de rodas, o velho empresário olhava ao redor o mundo de braços cruzados esperando o fim, não queria acreditar que não conseguiria realizar o seu derradeiro desejo. Que era meramente fazer à última viagem de balão. A solidão era a pior punição que alguém poderia auferir naquele momento e sem forças para ficar em pé para caminhar o curto trajeto que o separava do seu destino, esperava sentado a terminação. A rua que em Fevereiro ficava

Relacionados