Iracema

Análise do Romance IRACEMA, de José de Alencar. O romance Iracema faz parte da literatura brasileira e foi publicado em 1865. É parte da triologia indianista de José de Alencar, composta pelas obras: O Guarani, Iracema e Ubirajara. A narrativa se inicia antecipando o final do livro, com Martim, seu filho Moacir e o cão chegando à costa cearense em um barco. Narrativa feita em terceira pessoa: “Deus te leve a salvo brioso e altivo barco, por entre as vagas revoltas, e te poge nalguma enseada amiga.” (ALENCAR, 1997, p.1). O autor volta no tempo quando nasce Iracema, “a virgem dos lábios de mel” (ALENCAR, 1997, p.2), índia de cabelos pretos e pele morena, guerreira e defensora da tribo tabajara. Esta índia, ao avistar Martim, guerreiro estrangeiro português, ferre-lhe com a flecha. Ele, porém ao ver que foi atingido por uma mulher desiste de ataca-la e ela, em sinal de arrependimento, salva o estrangeiro, acolhendo-o em sua aldeia e na cabana de Araquém, seu pai. Ali então, o guerreiro conta que é aliado dos pitiguaras que são inimigos dos tabajaras, diz também que se perdeu durante uma caçada. É bem recebido pelos tabajaras, que oferecem-lhe hospedagem, alimento, segurança e mulheres. O guerreiro, entretanto, recusa as mulheres, pois, está apaixonado por Iracema. Esse é o grande impasse da história. Iracema é guardiã do segredo da jurema e por isso deve se manter virgem. Na tribo tabajara, o guerreiro chefe é Irapuã, o qual também é apaixonado por Iracema e vê o estrangeiro como um inimigo mortal. Iracema leva Martim até o bosque de jurema e dá a Martim um licor estranho que o deixa alucinado. Iracema então se deita nos braços de Martim. Naquela noite ouviu-se o grito de Poti, chefe dos pitiguaras, decifrado por Martim que é seu amigo. Poti veio a fim de salvar seu amigo e levá-lo de volta para a tribo pitiguara. Iracema não deixa o estrangeiro ir ao encontro do amigo, pois acha perigoso e parte ela mesma ao encontro de Poti. Combinam então a fuga de