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Mas, o trabalho, de acordo com a perspectiva marxista, está subordinado, no sistema capitalista, ao propósito de reproduzir e expandir o domínio material e político da classe capitalista, enquanto a maioria da população está separada dos meios de produção e de subsistência e, por conseguinte, é compelida a ingressar no trabalho assalariado a fim de sobreviver.
O trabalho, tal como se manifesta nos valores de troca, é trabalho humano geral. Essa abstração de trabalho humano geral existe no trabalho médio que cada indivíduo médio de uma sociedade dada pode realizar: um gasto produtivo determinado de músculos, nervos, cérebro humano etc. (MARX, 2004, p.54).
O trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade.
1.1. REFERENCIAL TEÓRICO
O trabalho é a condição básica e fundamental de toda a vida humana e constitui-se na mediação entre o homem e a natureza. É, portanto, condição da existência humana independentemente da forma de sociedade na qual o homem esteja inserido, é uma necessidade natural eterna que medeia o metabolismo entre homem e natureza e, portanto a própria vida humana.
A produção da vida material humana não ocorre numa relação imediata entre homem e natureza, mas “o modo pelo qual os homens produzem seus meios de vida depende, antes de tudo, da própria constituição dos meios de vida já encontrados e que eles têm de reproduzir.” (MARX, 2007).
Marx considerava a distinção entre trabalho e força de trabalho como uma de suas principais contribuições para a economia