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Vanderson de 11 anos, cursa a 4ª série do Ensino Fundamental I em uma escola da Rede Pública e foi encaminhado para o diagnóstico pela equipe gestora, por apresentar dificuldades na aquisição da leitura e escrita. O paciente é novo nesta escola, vem de outra unidade próxima, na qual foi convidado a se retirar por comportamento inadequado e por apresentar excessos de faltas. O aluno foi encaminhado para escola pelo Conselho Tutelar na qual informou que a escola só poderia aceitar a matrícula caso a mãe assinasse um termo confirmando seu compromisso de manter ele e o seu irmão de 10 anos frequentes.
Realizei a entrevista com a mãe, a mesma informou que o pai não poderia comparecer, pois trabalha.
A mãe relatou que V. tem mais quatro irmãos sendo eles: 2 meninos; Matheus 7 anos, Paulo 10 anos e uma menina, Vitória de 4 anos.
Disse que V. foi muito desejado, mas que ficou grávida para sair de casa, já que os seus pais não permitiam que a mesma saísse de casa para casar-se.
A mãe relatou que desde a pré-escola o paciente apresentava comportamento agitado e com dificuldades de aprendizagem. Com 5 anos ainda não tinha o controle pleno dos esfíncteres. Ainda hoje, o paciente urina na roupa.
Durante a gravidez o pai fez uso de drogas, bebida e cigarro, porém segundo a mãe a gravidez foi tranquila e conseguiu realizar o pré- natal.
A queixa da mãe é que ele não aprende, segundo ela, isto ocorre porque não tem interesse e por ser preguiçoso.
“Ele é muito relaxado, apronta o tempo todo”. “O Paulo é um anjo, mas o Vanderson só por Deus”. “O Paulo todo mundo adora, já o Vanderson ninguém gosta.” “Eu mesma já falei pra ele que prefiro o Paulo.” “ Ele é comprado... com ele é sempre na base da troca” “E quando ele apronta o pai bate mesmo, até eu muitas vezes bato”.
Neste primeiro contato com a mãe expliquei como seriam os atendimentos. Falei sobre a importância de enfatizarmos os pontos positivos do paciente. Busquei com a mãe algumas qualidades do Vanderson para que