Introdução

Em meio à pesquisa de Políticas Públicas sobre projetos turísticos me deparo com a construção do Acquario nas proximidades de uma comunidade que vive nas imediações encoberta por paredões e prédios. Pesquisando afundo sobre o projeto do Acquario novamente remete a comunidade e me interesso pela história e luta da mesma. O que chama a atenção foi o fato de uma favela “pequena” estar localizada em local turístico rodeada por grandes equipamentos de cultura e lazer um deles o Dragão do mar, e sua proximidade com a comunidade. De imediato precisei ir à comunidade para observar de perto sua localização, pois pelas imagens não conseguia definir a real localização, pois ao passar pela a Avenida Beira Mar não é possível imaginar que existe uma favela ali atrás. A comunidade Poço da Draga localizada nas imediações da Praia de Iracema e Centro Dragão do Mar é uma comunidade centenária no dia 26 de junho de 2015 completa 109 anos de existência.
O surgimento das favelas se deu no Rio de Janeiro no fim do século XX, onde eram constituídos assentamentos e moradias informais devido às condições precárias já que eram pessoas oriundas de áreas rurais em busca de melhores condições de vida e acabam por ficar fora do mercado formal de habitação e ocupar terrenos públicos ou privados muitas vezes frágeis e sem condições de vida. Com a Comunidade Poço da Draga não é diferente em um relato a moradora Isabel Lima¹ conta como se deu a comunidade
“A comunidade o núcleo habitacional iniciou em meados de 1900 porque em 1902 foi inaugurado a Ponte Metálica que antes era o primeiro trapiche² de Fortaleza e ai começou a surgir algumas habitações de pessoas que vinham oriundas do interior do estado fugindo da seca e ai aproveitando toda essa parte econômica do Porto começou a instalar seus casebres, começou a surgir alguns prostibulo, começou a surgir suas bodegazinhas”.

Foi a “fuga” da precariedade do campo e proximidade com o mar que originou as primeiras moradias no Poço da