Introdução a politica

Em índole introdutória, parece-me importante falar em Ciência Sociais que se constituem como um universo autónomo, isto é, distinto de outras formas que se usam em discursos sobre, senso comum, religião, filosofia, literatura, Política, entre outras, no entanto, esta situação apenas se tornou mais evidente nos finais do Séc. XIX. Na Ciência Política essa autonomia é resultado da própria autonomia, mesmo que esta seja dependente de factos sociais e sistemas políticos em relação a outros sistemas sociais e factos. Segundo vários autores, o tema da autonomização da política revela-se de extrema importância, na posição que esta ciência ocupa entre as Ciências Sociais, sendo o contributo maior atribuído a Maquiavel, como o impulsionador dessa autonomia. A essa autonomia permiti estabelecer uma diferença radical entre ética política e “filosofia política” e “ciência empírica da política”. Reconhecer a autonomização da política, teria consequências que não deixariam que esta se pudesse resumir à religião ou à ética. Como ramo de conhecimento e como actividade, a ciência política e a própria política, tinham as suas próprias regras que eram facilmente distinguíveis de outras maneiras do conhecimento e da actividade humana. Maquiavel estudou pela primeira vez o Estado e o poder em todas as suas dimensões. Foi este autor quem mais contribuiu para conferir à Ciência Política o estatuto de autonomia perante a filosofia, a moral e a metafísica. Para ele o estudo da Política é um estudo positivo, realista, sem juízos de valor nem considerações de carácter ético. Foi o primeiro a formular leis políticas (não no sentido jurídico), ao procurar detectar regularidades na ocorrência de determinados fenómenos políticos e que determina relações de causalidade entre certos factos e os respectivos efeitos. Surge também, na linguagem vulgar, como sendo um símbolo da ausência de escrúpulos e de uma concepção baseada na defesa da validade de todo o tipo de meios e da sua subordinação à sua