introdução ao estudo da emancipação politica no brasil

A autora começa seu texto fazendo uma distinção entre a Historiografia tradicional e a nova Historiografia. Para a autora, a Historiografia oficial tratou a emancipação política brasileira como lenda histórica, ou seja, a emancipação política como um "sucesso" que antecedeu o dia 07 de setembro de 1822. No entanto, a Nova Historiografia se preocupou em analisar sob uma nova ótica tal evento. Viotti da Costa cita alguns autores e obras para caracterizar a Nova Historiografia. Cita as obras Evolução Política do Brasil e História econômica do Barsil de Caio Prado Júnior que são elaboradas sob o enfoque marxista. Para Caio Prado Júnior, trata-se de um rompimento do capitalismo industrial contra o pacto colonial brasileiro. Ou seja, o Brasil (amparado por Portugal) optou em fortalecer o pacto colonial ao invés de rompê-lo. A autora também cita a posição de Wernek Sodré que trata, igualmente da emancipação política brasileira dentro de um contexto da Revolução industrial e das idéias burguesas vigentes na época.
Mais a frente a autora discute os movimentos de independência do Brasil que estava essencialmente ligada/relacionado com a crise do sistema colonial e com a crise das formas absolutistas de governo. Ou seja, o mundo do século XVIII vivenciava as lutas liberais e nacionalistas.
Inicialmente o mundo vivera a época renascentista, época dos descobrimentos e a emancipação social de uma nova classe social, a burguesia (comerciantes). Havia o interesse da burguesia em subsidiar os reis para que estes governassem no sentido de favorecer seus negócios. É neste contexto que dá-se o surgimento dos Estados nacionais Modernos (França, Inglaterra, Espanha e Portugal) fruto da aliança entre mercadores e a Colônia (o capitalismo industrial + Estado Nacional = mercantilismo). O interesse dos mercadores resumia-se na busca e na e xploração do ouro e da prata provinda das colônias. O Estado, neste sentido, devia proteger os interesses comerciais dos burgueses na busca das