Introducao a Inspeção de Software
O processo de inspeção de software é uma rotina necessária em qualquer desenvolvimento que tenha os pilares comumente buscados neste trabalho: produtividade, redução de tempo e custo. A grande perda encontrada em processos pelas falhas ou erros identificados em suas etapas pode custar meio projeto (50%) a mais (ou até mais de 50%) em termos de esforços, e muitas vezes custos. É fato que, por mais fiel que seja, a execução de um escopo, sua implementação e a conformidade dos objetivos atingidos (Pressman, 2001), sempre encontrarão inconformidades, por menores que sejam. A identificação destes problemas, e principalmente o estágio do projeto em que são identificados e corrigidos, tem o maior efeito de custo e retrabalho. Quanto mais cedo nas fases de um projeto forem identificados os problemas, menor será o impacto de mudanças e consequentemente de custos e prazos.
A aplicação dos modelos de inspeção de software, segundo BOEHM e BASILI, chegam a capturar cerca de 60% dos defeitos durante os processos, e reduzem o esforço aplicado ao retrabalho para menos de 10 ou 20%, ao contrário de um processos sem inspeção que poderia chegar a mais de 50%.
O modelo de inspeção de software considerado tradicional, tem data de 1976 com FAGAN, onde seis atividades são determinadas: Planejamento, Apresentação, Preparação, Reunião, Retrabalho e Continuação. Através de um moderador da inspeção, são definidos os contextos da avaliação e com inspetores e materiais determinados são levantadas as discrepâncias que são anotadas e discutidas em uma reunião, classificando-as, e sugerindo seu retrabalho e após a correção do material a continuação (ou não) do projeto.
Como melhoria do processo tradicional, SAUER e outros autores em 2000 propuseram uma reorganização do modelo, onde as atividades de preparação e reunião foram substituídas por 3 atividades sequenciais que são: detecção de