introdução a construção no sentido da arquitetura

A compreensão de uma obra arquitetônica se faz a partir da decomposição da edificação considerando seu entorno, como um sistema integrado, para dessa forma analisar todas as partes, com base nas teorias criadas ao longo da história, que justificam a forma contida e podendo assim chegar a uma conclusão do todo. Chamamos essa compreensão de analítica. A arquitetura é uma arte específica, logo necessita de uma linguagem definida, que esteja ao alcance tanto do criador quanto do receptor. É em busca dessa linguagem da arquitetura que J. Teixeira Coelho Netto, autor do livro: A construção do sentido na arquitetura, da editora Perspectiva (São Paulo, 2 edição, 1979), se volta contra os arquitetos que apenas balbuciam coisas sem sentido, e propõe que os mesmos deixem de ser meramente um técnico para voltar a ser o planejador de um sentido para a vida humana, analisando e trabalhando com o espaço em sua volta.
Ideias observadas no texto: A linguagem arquitetônica é constituída por dois elementos segundo o autor: discurso do espaço em si mesmo (arranjo espacial) e o discurso estético do espaço (arranjo espacial sobre forma artística). Então começasse a indagar: o que é espaço? A arquitetura trabalha o espaço, porém nem os próprios arquitetos conseguem defini-lo. Sendo assim durante séculos, a tentativa de definir a arquitetura é feita através de teorias vazias, partindo do pressuposto que eles achavam que já sabiam o que era espaço. Desde Vitrúvio que elaborou um discurso sobre arquitetura, mas que poderia facilmente ser aplicado a outras ciências e Alberti que definiu a arquitetura em: “solidez, comodidade e prazer”, que então boa parte de seus sucessores, seguiram a mesma lógica do conceito tripartido, no entanto, esse conjunto de palavras não definia completamente arquitetura e nem seu elemento principal, eram apenas “definições poéticas”. Porém, apenas em 1929, com Luçart sugerindo: volume, superfície, espaço e luz como componentes da arquitetura que o erro