Introd Trab Boi Pol Drogas

1797 palavras 8 páginas
1. Introdução
Até o século XIX não havia, no cenário mundial, qualquer restrição ou proibição acerca das substâncias narcóticas. Um marco foi a Guerra do Ópio1 travada entre o Reino Unido e a China por motivo da comercialização do ópio. Desse momento em diante, foi sendo disseminada uma ideia “moralista” e “puritana”, principalmente nos EUA – devido aos efeitos da Guerra do Ópio – que, pela qual o consumo de álcool, ópio e outras substâncias passou a ser associado à pobreza, infelicidade, grupos marginalizados, sendo estes os imigrantes chineses que introduziram o consumo do ópio na colônia britânica, loucos etc. E assim, começa a ser propagada uma ideia de “higienização social” por meio de adoção de medidas de cunho proibicionista, pioneiramente nos Estados Unidos da América.
Sendo assim, depois de milhares de anos, há uma busca não só pela regulamentação das drogas, mas também pela sua proibição e limitação do seu uso e comercialização. Os Estados Unidos disseminam essa posição proibicionista, supostamente ligada à proteção da saúde pública, moral e bons costumes da sociedade, e passam a impor ao mundo a ideologia de que proibir é o melhor remédio.
A partir de então, diversas convenções e decretos internacionais surgem a fim de traçar e concretizar esse modelo proibicionista que se conhece atualmente.
Hoje, bilhões são “investidos” no modelo proibicionista. Entretanto, ao passo que cadeias lotam, vê-se que os problemas e consequências do uso e comercialização das drogas não são devidamente sanados. Há a punição, mas não há resolução e, tampouco, há o espaço para críticas efetivas a esse modelo ou para o questionamento sobre essa posição. Apenas é discutido como será a sua execução.
É fato que, com o caminhar das ideologias e opiniões atuais, nota-se, cada vez mais, que há muitas falhas e lacunas dentro desse modelo, a começar pela infração aos direitos humanos. Há o enriquecimento do comércio ilegal, e com isso a propagação da violência e corrupção. Pessoas

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