Intolerância Religiosa

O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial brasileira e que o Estado mantém-se neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma alguma, ser desrespeitada. Todavia, não é o que pode-se ver no país. Em nossas cédulas têm escrito “Deus seja louvado”; normalmente é falado “chuta que é macumba” com nenhum problema, entretanto, se alguém fizer uma piada com Deus ou com a virgem Maria, certamente, esta pessoa pode ser tachada de anticristo, herege, etc., quando não, agredido moralmente, e, em casos extremos, fisicamente. Não há problema em acreditar em algo que dê sentido a sua existência no Cosmos, contudo, achar que as suas verdades religiosas têm de ser aplicadas à todos é falta de respeito com o próximo e com a cultura – riquíssima – brasileira. Pois, apesar de que o Brasil é cerca 86% cristão - segundo o IBGE -, a miscigenação de culturas, religiões e não-religião (ateísmo) existe, e isso tem e deve ser respeitado. Segundo uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, constatou-se que, ateus são os mais odiados pelos brasileiros. A TV Bandeirantes foi condenada desrespeito à liberdade de crenças porque exibiu comentários do apresentador José Luiz Datena relacionando um crime bárbaro à “ausência de Deus”. “Um sujeito que é ateu não tem limites. É por isso que a gente vê esses crimes aí”, afirmou o apresentador.
Os motivos que leva alguém à executar um ato criminoso não é a falta de Deus!, pois, segundo dados, 98% das pessoas que vivem nos presídios acreditam em algum deus ou têm religião. Então, provavelmente, a falta de Deus ou de