Interna O Compuls Ria Em Cl Nica De Tratamento Para Alco Latras E Usu Rios De Drogas Pode Ser Considerada Uma Op O Tica

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Internação compulsória em clínica de tratamento para alcoólatras e usuários de drogas pode ser considerada uma opção ética?

Colega faz vários questionamentos sobre o tema internação compulsória em psiquiatria (atitude regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina/CFM, Resolução 1.598/00) e abuso de substâncias químicas. As respostas são baseadas em parecer discutido (e aprovado) pela Câmara Técnica de Saúde Mental do Cremesp.
a) Como saber se uma pessoa que diz ingerir bebidas alcoólicas “apenas socialmente” é, na verdade, um dependente e necessita de tratamento?
Como outras substâncias psicoativas, mediante a ingestão continuada, o álcool propicia o desenvolvimento do fenômeno da dependência física e psíquica. É essa dependência que caracteriza a doença alcoolismo.
A dependência, por seu lado, pode ser reconhecida e identificada através da entrevista psiquiátrica e da análise do quadro clínico, comportamental e pelo seu padrão do uso.
b) Em qual condição uma pessoa pode, contra sua vontade, ser internada em clínica de tratamento para alcoólatras e usuários de drogas?
Nenhum tratamento deve ser administrado a paciente psiquiátrico sem o seu consentimento esclarecido, salvo quando as condições clínicas não permitirem a obtenção desse consentimento, e em casos de emergência, caracterizados e justificados em prontuário, para evitar danos imediatos ao paciente ou a outras pessoas.
Na impossibilidade de obter-se o consentimento, e ressalvadas as condições acima explicitadas, deve-se solicitá-lo ao responsável legal.
A internação de um paciente em um estabelecimento de assistência psiquiátrica acontece em uma de quatro modalidades: voluntária, involuntária, compulsória por motivo clínico (que ocorre contrariando a vontade expressa do paciente, que recusa a medida terapêutica por qualquer razão) e por ordem judicial, após processo regular.
O médico que admite pacientes em internações compulsórias por motivo clínico deve fazer constar do prontuário uma justificativa

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