Interação Comunidade Carente e Universidade

III Encontro da ANPPAS
23 a 26 de maio de 2006
Brasília-DF

Interação Comunidade Carente e Universidade:
Integração Mediante Educação Ambiental
Agostinho Lopes Venâncio (UNIFOR)
Francisco Correia de Oliveira (UNIFOR)
Resumo
O trabalho analisa a experiência da interação entre a Universidade de Fortaleza UNIFOR e a Favela do Dendê, visando consolidar um programa integrado de educação ambiental. Pauta-se por dois parâmetros: a) o das convenções e documentos internacionais (exemplos: Belgrado (1975), Tbilisi (1977); b) e o das ciências sociais. Isto exige conhecer bem a Comunidade onde os programas serão implementados e o conteúdo atual da gestão e educação ambientais. O estudo tem como objetivo básico analisar um programa de educação ambiental envolvendo duas comunidades: a da Universidade e da
Favela do Dendê, que margeia a própria Universidade, ambas com aproximadamente
25000 pessoas. O trabalho parte do pressuposto de que uma Universidade só educa, quanto dá exemplo, sendo as ações que efetua em seu entorno uma medida de sua responsabilidade. As favelas ao redor das Universidades revelam o caráter de excludência da nossa sociedade. Espera-se que com aplicação da Educação ambiental (EA) em uma comunidade carente haja repasse para a formação de valores, desenvolvimento de competências e comportamentos que possam favorecer a compreensão e a solução dos problemas ambientais (Tbilisi, 1977).
Introdução
Este artigo parte do pressuposto de que um programa de educação ambiental na
Universidade tem de se pautar por dois parâmetros. O primeiro refere-se aos postulados defendidos pelas convenções e documentos internacionais de Educação Ambiental (EA),

como a Carta de Belgrado elaborada ao final do encontro realizado em Belgrado,
Iugoslávia, em 1975, promovido pela UNESCO, em segue com a declaração da Primeira
Conferência Inter-governamental em Educação Ambiental, Tbilisi, Geórgia-URSS, em
1977;

o segundo aos paradigmas das ciências sociais,