Intenção de compra de bens duráveis e o setor automobilístico

Introdução Sendo o varejo um dos motores da economia, responsável por 10% do PIB, é essencial observar, por meio de pesquisas, o comportamento do consumidor. Os dados resultantes destas analises ajudarão a traçar estratégias e analisar tendências. A pesquisa publicada na revista Exame, sobre intenção de compra de bens duráveis, pode ser um instrumento útil na elaboração de estratégias de empresas. Entretanto, por se tratar de uma pesquisa baseada em expectativa e não realização, é importante confrontar seus resultados com outros dados.

Segundo dados de artigo publicado pelo BNDES, o Brasil vem atravessando um período favorável para o comércio desde 2003. Entre 2007 e 2008, o crescimento chegou a 6%. A pesquisa a ser analisada, realizada pelo Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) e divulgada em 11 de abril de 2005, está inserida nesse cenário favorável ao varejo.

É preciso ponderar, neste cenário de 2005, o aumento da concessão de crédito – seja por meio de empréstimos ou pelo grande aumento no uso dos cartões de crédito – e a taxa de juros, dados absolutamente relevantes para a indústria automobilística, que trabalha com um produto de valor alto e grande flexibilidade de pagamento, com parcelamentos de até 60 meses e juros (ainda que relativamente mais baixos quando comparados aos praticados por outros setores do mercado).

O objetivo desta análise é discutir as ações de mercado a serem adotadas pela indústria automobilística com base em pesquisa de marketing sobre aumento na intenção de compra de bens duráveis na cidade de São Paulo visto que, em contraponto às estatísticas positivas na intenção de compra de geladeiras, celulares etc., a intenção de comprar automóveis caiu de 7,4% para 5,6%, ou seja, 24%.

Tipo de pesquisa relatado, obtenção de dados e método empregado A pesquisa relatada é a