instituição

A questão do institucional a partir de um ponto propriamente político, onde se é levado em conta certos matizes da ligação do caráter “abstrato” da interação estratégica com a própria definição da esfera política, possibilita explorar algumas ramificações novas e de interesse. O cerne desta problemática é que, se o caráter político da ação ou interação é dado pelo seu caráter “abstratamente” estratégico, independentemente da esfera substancial de problemas tratados ou mesmo do aspecto específico assumido pelos objetivos do jogo, não somente toda confrontação ou divergência de objetivos de qualquer natureza corresponde à esfera do político ou da política, mas também, o que é de grande importância para os propósitos da discussão, assim surge um espaço para certos tipos específicos de instituições, ou conjuntos particulares, e até mesmo ambientes institucionais específicos, que correspondem particularmente à política.
Embora essas instituições tenham como especificidade o fato de se ocuparem genericamente com a questão do conflito, buscando sua eliminação, enquadramento e regulação, em outras palavras, sua transformação numa forma de interação estratégica mais branda, não-beligerante e disciplinada por regras, seja, finalmente, a participação no próprio conflito. No entanto, da mesma forma que o conflito, na forma de ação estratégica, corresponde Á esfera do politico, ele pode não repercutir no nível das instituições políticas, embora possa modificar o quadro político-institucional geral.
Diante disso, destacam-se dois tópicos. O primeiro diz respeito a complexidade inserida na discussão das relações entre o estratégico e o institucional, pela consideração das instituições especificamente políticas. Olhando o institucional como “objeto” de ação, as instituições políticas podem ser observadas voltadas para a área em que se exerce a ação deliberada e voluntária dos homens no que tange a compensação do “vazio” e da “objetividade” da realidade social. Um