Insatisfação no trabalho

Muitas pessoas odeiam o emprego que têm. E quando você odeia aquilo que você faz, você se torna uma pessoa insatisfeita, frustrada, cheias de tédio quando não deprimidas. Partindo de uma crença de que não são as circunstâncias que me fazem feliz ou infeliz, mas a maneira como encaro as circunstâncias, acredito que a insatisfação profissional vem da maneira como enxergamos o trabalho ou como vemos o nosso trabalho. Muitos de nós apreendemos o trabalho como algo penoso, árduo, sacrificante, quase como um mal necessário. E isso tem uma razão cultural histórica. O primeiro castigo no Antigo Testamento, ao expulsar Adão e Eva, foi dado por Deus com a frase: Ganharás o pão com o suor do teu rosto. Ocorre que na época do Antigo Testamento todo trabalho era realmente duro. Não se dispunha de máquinas, de tecnologia, de computadores, de nada. Era o trabalho bruto.
Outros vêm o trabalho apenas no lado da imagem social: o trabalho como fator de sucesso, prestígio, poder, dinheiro. Para estas pessoas se o trabalho não estiver lhe oferecendo o que desejam com ele, elas se frustram e se sentem diminuídas com a própria profissão. É o caso daqueles que ocupam cargos médios ou menores nas Organizações. Um terceiro grupo de pessoas vêem no seu trabalho a sua forma de contribuição ao mundo, como fator de desenvolvimento do seu potencial e como forma de amor à humanidade. Nesse nível de consciência todo trabalho é digno, todo trabalho é gratificante, todo trabalho é uma missão.
Há uma história muito contada em palestras motivacionais que ilustra bem essas concepções. Um Senhor passou por uma construção onde havia três operários trabalhando. Ele se aproximou a perguntou ao primeiro: - O que você está fazendo? E o operário respondeu: -Estou colocando um tijolo sobre o outro. Ao fazer a mesma pergunta ao segundo ele veio com a seguinte resposta: -Estou ganhando o meu salário. O terceiro, ao ser indagado, respondeu com o brilho nos olhos: - Estou construindo uma Catedral.
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