Injustice: The Social Bases of Obedience and Revolt

Injustiça: as bases sociais da obediência e da revolta, é o sétimo livro do sociólogo político estadunidense Barrigton Moore Jr. Neste trabalho, o autor discute as razões que levam pessoas a aceitarem sofrer violência fisica e/ou moral das sociedades em que estão inseridas, enquanto outras se levantam e lutam por uma mudança de posição de tal contrato social. O estudo observa e destaca aqueles que vivem à margem da sociedade, os que compõem a base da piramide social, os desprovidos de posses e, busca revelar como essas pessoas conduzem suas vidas, por onde orientam seus comportamentos e, além, questiona quais são e como são construídas as suas noções de injustiça, e logo, justiça.

Tendo isto por contexto, no segundo capítulo do seu livro, Moore debruça-se sobre a questão: “Por que os homens aceitam a degradação moral e física?”. Para exemplificar o raciocínio, o autor observa três contextos: o sistema de castas indiano[1] e o tratamento dado aos intocáveis, o ascetismo e as crenças que rodeiam a autopunição – fundamentalmente físicas – como forma de ascensão moral e a conduta social de prisioneiros dentro de um campo de concentração.

“These cultural formulae define socially acceptable and unacceptable needs, the meaning and causes of human suffering, and what, if anything, the individual can or should do about suffering. In asceticism, Hindu caste, and to a lesser extent the concentration camps, it is possible to discern a general pattern of cultural explanation that stifles the impulse to do anything about suffering. The explanations produces this effect by making the suffering appear as part of the cosmic order, hence inevitable, and in a sense justified. Even more significantly the form of explanation helps to turn aggressive impulses that suffering and frustration produce against the self” (pag. 78)

Há um ponto cultural comum que sugere que os oprimidos enxergam certo senso de justiça no sofrimento que lhes é infringido. Algo pan-humano[2],