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Nem sei bem como devo descrever este livro, assisti a adaptação cinematográfica dele ano passado e fiquei bastante fascinada com a estória, Demi Moore foi uma escolha perfeita e não poderia imaginar uma Hester Prynne melhor. Quando solicitei este livro à editora Martin Claret – que agradeço imensamente por nos ter mandado o livro – fiquei imaginando se gostaria da leitura e sentiria prazer com ela, acho que até por essa dúvida enrolei bastante para começar a ler, mas, devo dizer que me arrependo de não ter começado antes.

Hester Prynne é uma adúltera, e apesar de não saber o que aconteceu com seu marido e não tê-lo visto por dois anos, o fato de ter dormindo com alguém e engravidado desta pessoa a transformou em uma adúltera e por isso ela deverá usar um A vermelho em seu peito para sempre. A história começa no dia que Hester sai da prisão e se apresenta a população, já com a filha – Pearl – no colo, assim ela fica exposta por três horas na praça do mercado para que todos vejam a mulher que cometeu o pecado.

Já disse inúmeras vezes e adoro repetir que, bem, um clássico da literatura é sempre um clássico, por mais que você relute em ler ele sempre te conquista de alguma forma. Em A Letra Escarlate vemos uma mulher que foi marcada para toda a vida, e não apenas pelo símbolo que carrega no peito. O mais interessante neste livro é acompanhar o estilo de vida dos habitantes na Nova Inglaterra, quando os EUA eram apenas uma colônia.

É interessante ver como coisas que para nós é corriqueiro e sem importância tinha um significado tão grande para as pessoas daquela época, tanto que uma pessoa que não tenha visto o marido por dois anos ainda é considerada adúltera por engravidar de outro. Os valores mudaram bastante, é perceptível a importância da religiosidade para os personagens, todos eles encaram até mesmo a diferença no comportamento de alguém como obra de Deus ou do demônio.

Nathaniel tem uma escrita fantástica e fluida, mal percebia que já tinha lido 10