Infância e educação: uma construção histórica- visando transformações sociais
Lívia A. Langbeck R. de Assis
RESUMO
Este artigo tem como objetivo refletir sobre as mudanças sócio-históricas que se produziram na concepção da Infância, vinculadas ao papel desempenhado pela Educação e sua importância social, visando a formação crítica do indivíduo para que assim seja agente de transformação em seu meio de vida. É sabido que a infância é um momento singular na vida do indivíduo. Seu conceito foi construído ao longo da história do homem e de sua noção de sociedade. Na Idade Média, fazia parte do mundo dos adultos, como adulto em miniatura; na Idade Moderna, era vista como uma fase sem importância; a partir do século XVIII, nas famílias burguesas, inicia-se um interesse por maiores cuidados a esta fase; com o advento da Revolução Industrial, a criança passa a ter um valor econômico em potencial e a ser desumanamente explorado. Com o chamado ápice da infância tradicional, as Ciências Humanas promovem à infância maior respeitabilidade social. Faz-se necessária uma reflexão crítica diante do quadro da história da educação brasileira, avanços e retrocessos históricos e a contribuição de teóricos com o advento de movimentos que contribuíssem para um maior comprometimento na formação de cidadãos críticos, que não somente reproduzam as ideologias dominantes, mas que promovam transformações sociais concretas no cotidiano escolar e humano.
Palavras-chave: Infância. Educação. Construção histórica. Consciência crítica. Transformações sociais.
INTRODUÇÃO A infância é um momento singular na vida do indivíduo. Época em que marcará positivamente ou negativamente sua história de vida. Positivamente, se for permeada em um ambiente de amor, respeito e incentivo e negativamente, se marcada por abusos, negligência e maus-tratos. É neste momento que os traços de personalidade são delineados, a conduta é estimulada a partir de suas vivências e descobertas e que conceitos e