Influencia de grupos
Para Dye (1987), um quadro analítico é simplesmente uma abstração ou representação da vida política (que pressupõe aplicar-se a esfera organizacional), que se demonstra como uma tentativa de ordenar, simplificar (não em excesso ao ponto de ser simplista), clarear e compreender o que é realmente importante sobre política e estratégia nos estudos de redes por meio da identificação de evidências empíricas de suas causas reais e conseqüências relevantes. Portanto, os quadros analíticos são úteis na análise de redes estratégicas na medida em que ajudam a dirigir a investigação com indicadores que podem ser observados na prática, permitindo sugerir explicações ou possíveis esclarecimentos sobre as instituições e a dinâmica da política na esfera interorganizacional.
Segundo Dye (1987), os quadros analíticos foram idealizados, mas não exclusivamente, para o estudo de políticas públicas. São oito modelos propostos pelo autor: institucional, processual, de grupos, de elite, racional, incremental, da teoria dos jogos e de sistemas.
No modelo institucional, a política é vista como resultado determinado, implantado e cumprido por instituições governamentais (Congresso, Presidência, cortes, estados), devendo necessariamente possuir legitimidade, universalidade e capacidade de coerção. Este modelo permite compreender os relacionamentos entre estrutura de instituições governamentais e o conteúdo das políticas públicas. Porém, o uso deste modelo pode demonstrar que a estrutura e as políticas são largamente determinadas por forças sociais e econômicas e que mexer com arranjos institucionais pode ter pouco impacto sobre as políticas públicas se forças subjacentes permanecem constantes (DYE, 1987).
O modelo processual parte da premissa de que nas instituições efetiva-se o poder de tomada de decisão e a política é resultado de uma série de processos ou atividades políticas (como identificação do problema, formulação, legitimação, implementação e