Inf apresentação

Estudo dirigido sobre “Conferência 31”, baseado em:
FREUD, S. Novas Conferências Introdutórias 31 [1933]. Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas. V. 22. Rio de Janeiro: Imago, 1980: A DISSECÇÃO DA PERSONALIDADE PSÍQUICA

CAMILA TENÓRIO FREITAS DE OLIVEIRA

A conferência de Freud inicia-se com o ego podendo ser comparado a um cristal. Uma pessoa normal – neurótica – possui esse cristal inteiro, porém, a partir do momento em que esse cristal se quebra, para essa pessoa sobrariam alguns pequenos pedaços – mínimos, quase invisíveis – que gerariam, talvez, alguma doença. Já um doente mental possui esse cristal quebrado desde o início, o que o faz ser excluído.
O autor afirma que o ego, estruturado como sujeito, pode ser o próprio objeto de si e, ainda, faz uma alusão no trecho: “[...] O papel que mais tarde é assumido pelo superego é desempenhado, no início, por um poder externo, pela autoridade dos pais[...]”, mostrando, a partir daí, que o ego, sendo o próprio objeto vigiando a si mesmo, pode ser chamado de consciência ou superego. Apenas depois de ser dominante, o superego assume o lugar do ego, dirigindo e ameaçando-o.
A identificação é uma forma muito importante de vinculação a outra pessoa, isto é, decorre da ação de assemelhar um ego ao outro ego – onde o primeiro ego se comporta como o segundo em determinados aspectos – e ela não pode ser comparada com “escolha objetal”. Na explicação do autor, supondo que um menino se identifica com seu pai, ele quer ser igual ao seu pai. Já se fizer dele um objeto de escolha, então o menino quer tê-lo. Através desse exemplo, nota-se que a identificação e a escolha objetal são independentes uma da outra.
Segundo Freud, não se pode delimitar ego e consciente. Os dois conceitos possuem partes que podem variar da inconsciência à consciência. Pode-se também supor dois tipos de inconsciente: um que é facilmente trazido ao consciente e outro, que com grande dificuldade, pode interromper a consciência.