Industrialização

Desigualdades no Brasil
O conceito de desigualdade social é muito abrangente, pois envolve desde desigualdades de oportunidade até de escolaridade, de renda, gênero, etc. A desigualdade econômica é mais conhecida e chamada como desigualdade social, que nada mais é do que a distribuição desproporcional de renda. O Brasil, apesar de estar entre os dez países do mundo com o PIB mais alto, é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), em 2005 o Brasil era a 8ª nação mais desigual do mundo. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, divulgou em 2009 que o Brasil caiu de 0,58 para 0,52, sendo que quanto mais próximo de 1 maior a disparidade, o que não é reflexo de uma melhora nas condições socioeconômicas do país.
Segundo o relatório 2001 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), de 162 países, referente a 1988/99, 9% da população vive com menos de US$ 1 por dia e 46,7% da renda nacional está concentrada nas mãos de apenas 10% dos habitantes. A expectativa de vida do brasileiro permaneceu praticamente inalterada desde o último relatório, indicando a média de 67,2 anos de vida. E as políticas sociais do país consumiam 23% do orçamento federal, sendo que bem pouco desse total chegava efetivamente aos mais pobres.
De acordo com Rousseau, a desigualdade tende a se acumular, ou seja, a mobilidade social é muito difícil e tende a ficar estagnada. Os que vêm de família modesta têm, em média, menos probabilidade de obter um nível alto de instrução. Os que possuem baixo nível de escolaridade têm menos probabilidade de chegar a um status social elevado, de exercer profissão de prestígio e de ser bem remunerado. As desigualdades são, em sua maioria, geradas pelo jogo do mercado e do capital e por uma questão histórica. No período colonial, o Brasil importou um número muito grande de escravos e estrangeiros, fazendo com que essa