Industrialização da China
China Tradicional e China Industrial: as duas faces da China
De longa data a China é um país predominantemente rural, sendo que até hoje pouco mais da metade de sua população ainda vive da agricultura que se estende pelo interior, ao longo de seus rios.
A agricultura é um setor de suma importância para o país, que produz trigo, milho, arroz e cereais para o consumo interno e algodão, tabaco, cana-de-açúcar, chá e amoreira para a indústria.
O extrativismo também, pois o território é rico em recursos minerais e energéticos como o ferro, o manganês, o tungstênio, o estanho, o carvão mineral e o petróleo.
Mesmo sendo um país “socialista”, as desigualdades sociais são grandes e a população que vive nesse interior rural são os que mais sofrem com isso, pois a situação é miserável e, por isso, há sempre tentativas frustrantes, pois o governo não permite, de se migrar para as áreas industriais onde as condições de vida são melhores.
Mas a China é um país que está se industrializando e sua população, que há 18 anos atrás concentrava ¾ na área rural, hoje tem quase a metade na área urbana.
Todo esse processo foi impulsionado na década de 70, quando o governo abriu o mercado para o investimento de capital estrangeiro do mundo capitalista e foram criadas as ZEEs (Zonas Econômicas Especiais), caracterizando assim o “socialismo de mercado” chinês.
Nessas ZEEs a submissão é grande e alguns trabalham praticamente como escravos por um salário miserável. Além disso, as empresas que lá se instalam também encontram uma boa infraestrutura portuária, necessária para viabilizar as exportações, principal objetivo no país.
Uma das condições impostas pelo governo para a instalação dessas indústrias é que elas devem abrir sua tecnologia para o país, o que já gerou vários processos por plágio contra empresas chinesas que produzem produtos semelhantes ou até mesmo idênticos, porém de menor custo, o que popularizou vários produtos eletroeletrônicos por