industria cultural

No livro Indústria Cultural e Sociedade Adorno trata de forma abrangente uma questão ideológica que perpassa pelos meios de comunicação e suas propagandas.
Inicia o texto falando dos meios de comunicações parecidos entre si e em conjunto tanto nas manifestações estéticas como nas inclinações políticas. Dizendo isso Adorno traz à tona uma reflexão a respeito dos padrões estabelecidos que encaramos como evolução, mas que não passa de manipulação midiática.
Para o autor até na arquitetura sofremos com um projeto falso de individualização que reforça a ideia de que todos têm seu espaço, sua característica, mas na verdade somos mantidos em “pequenos apartamentos higiênicos” e idênticos, destinados a propagar essa falsa concepção e submetendo-nos.
Para ele o macro e microcosmo são continuidades imperceptíveis devido ao plano ideológico que é administrado pelos meios de comunicação com a intenção única de vender e perpetuar a cultura do lucro acima de qualquer coisa. Através da inserção de padrões estabelecidos pela própria clientela a quem os meios de comunicação se destinam, pois é dentro das perspectivas coletadas que a indústria cultural busca alternativas para que o público se assemelhe a ela. Esse é o instrumento da indústria cultural, conhecer o universo a quem ela se destina usando desse conhecimento para manipulá-lo de acordo com os seus interesses.
Na realidade, é por causa desse círculo de manipulações e necessidades derivadas que a unidade do sistema torna-se cada vez mais impermeável. O que não se diz é que o ambiente em que a técnica adquire tanto poder sobre a sociedade encarna o próprio poder dos economicamente mais fortes sobre a mesma sociedade. (Adorno, 2009, p. 6)
Em uma tentativa de nomear os mais poderosos influenciadores da indústria cultural, o autor cita os setores do aço, petróleo, eletricidade e química. Segundo ele são esses os segmentos mais fortes, eles ditam as necessidades mais “prioritárias” da sociedade em favor da venda de seus