Industria Cultural

Correio Paulista
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Dezembro de 1910
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Ato de violência no Rio de Janeiro comove a população e gera a chamada “Revolta da Chibata”.
Na terça-feira, 22 de novembro, ocorreu no Rio de Janeiro um movimento contra a violência praticada com os marinheiros. Como sabemos, o ato de castigá-los com chibatadas é considerado legal e comum nos territórios nacionais.Porém, desta vez, os marinheiros não aceitaram isto depois de um de seus companheiros ser castigado com 250 chibatadas por ter ferido um colega da marinha, dentro do encouraçado de Minas Gerais.
O navio estava a caminho do Rio de Janeiro e a punição, que ocorreu na presença de todos os outros marinheiros, desencadeou a confusão. Logo o motim agravou-se e os revoltosos mataram o comandante do navio e três oficiais. Já na Baia de Guanabara, os revoltosos conseguiram o apoio dos marinheiros do encouraçado de São Paulo.
Segundo depoimentos, o primeiro a encorajar a tripulação e tomar a frente da revolta foi o Marujo João Cândido. Foi ele, também, quem redigiu a carta reinvidicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos os que participaram da revolta. E caso estas não fossem cumpridas, os revoltosos bombardeariam a capital do Rio de Janeiro.
Ao fim de quatro dias da revolta, com manisfestações violentas e ameaças, o presidente Hermes da Fonseca resolveu aceitar as reinvidicações e concedeu o perdão aos revoltosos. Porém, ao notar que todas as embarcações e armas haviam sido entregues, o presidente ordenou a expulsão de alguns revoltosos.
No início do mês, os marinheiros, novamente insatisfeitos, fizeram outra revolta na Ilha das Cobras.