Industria cultural na ditadura militar

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Indústria Cultural trata de um termo criado por Theodor Adorno para caracterizar os conteúdos artísticos como mercadoria, ou seja, com fins lucrativos, criado para satisfazer a vontade de seus consumidores, ou seja, o público. Já a contracultura é entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural.
Durante a Ditadura Militar Brasileira, a característica mais marcante, além da tortura, prisão e perseguição, foi a censura. O governo autoritário atuante em nosso país proibia qualquer música, teatro, filme e reportagem que criticava tal regime. Artistas como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil tinham suas músicas de opinião proibidas de serem cantadas e mesmo assim não deixavam de protestar. Nas ruas, essas músicas eram hinos como protesto ao autoritarismo.
A contracultura durante a Ditadura Militar foi a forma de se rebelar contra o regime através do teatro, da televisão, dos jornais e, principalmente, através das músicas. Surgiu o movimento dos hippies e a Velha Guarda. Na moda, nas ruas e em todos os lugares a Indústria Cultural se aderia ao movimento rebelde de contracultura. O artista Roberto Magalhães pintou uma tela premonitória do que seria o terror que se instalaria no Brasil com o golpe militar de 31 de março do mesmo ano. O que os artistas buscavam era um processo de comunicação cujo objetivo era, em última instância, uma intervenção na realidade. A Indústria Cultural absorveu tanto aos movimentos rebeldes que os artistas não tinham como objetivo fazer arte, mas sim política. No Rio de Janeiro, viam-se letras gigantes, na forma de arte, convocando o povo a lutar contra a ditadura.
Pode-se afirmar então que a Indústria Cultural, durante a década de 70, absorveu por completo o movimento de contestação contra a Ditadura Militar, onde todos os tipos de atividades culturais visavam combater o autoritarismo, tanto na música, como no teatro e na televisão. A moda hippie e as calças “boca de sino” causavam um visual

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