Inconfidência Mineira

A Inconfidência Mineira, também chamada de Conjuração Mineira, foi a conspiração ( uma tentativa de revolta abortada pelo governo) de uma pequena elite de Vila Rica – atual Ouro Preto (MG) – ocorrida em 1789, contra o domínio português. Desse grupo, fizeram parte: intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros, dentre os quais estava o alferes Joaquim José da Silva Xavier, sempre lembrado como principal líder do movimento. A Inconfidência Mineira teve vários motivos para ocorrer, o principal foi a cobrança abusiva de impostos da Coroa sobre o ouro. Desde o “descobrimento” do Brasil, Portugal se aproveitava das riquezas da colônia (nessa época mão existia Brasil e sim colônia) e, no fim do século XVII, com a descoberta do ouro não foi diferente. A Coroa Portuguesa logo impôs várias taxações sobre o ouro. A primeira delas foi o Quinto, que determinava que um quinto ou 20 % de todo ouro extraído deveria ser pago à Coroa). Instituiu-se também o sistema de capitação que previa a cobrança de 17 gramas de ouro por escravo (mas esse imposto foi “cancelado” por volta de 1750). Entre 1740 e 1780 a produção de ouro de aluvião das minas caiu, de mais de 20 toneladas para cerca de 8 toneladas. Em 1760, já tinha se instalado a crise do ouro das minas brasileiras. Em Lisboa, o descontentamento e a preocupação eram grandes. O governo português entendia ser função da colônia gerar lucros para a metrópole. Para obrigar os mineiros a pagar os impostos, a Coroa portuguesa instituiu a derrama que era, justamente a cobrança dos impostos atrasados. Ela estabelecia que a população deveria completar a cota de ouro com seus próprios recursos, caso a meta não fosse atingida. Geralmente sua arrecadação era feita pelo confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa. Esse imposto era extremamente impopular, pois muitos colonos consideravam sua prática extremamente abusiva. Outra importante razão que provocou a Conjuração foi a proibição da