Inclusão
A mortalidade infantil é assunto que desperta interesse de profissionais da saúde, governantes e da população geral.
O índice de mortalidade infantil, apesar de algumas limitações, é mundial mente reconhecido como um bom indicador das condições gerais de saúde de um País, principalmente nas nações menos favorecidas socioeconomicamente (LEOWISKI, 1986).
Estudos mostram que 65 a 75% do total de óbitos em países desenvolvidos são em pessoas acima dos 65 anos de idade, contrastando com os países em desenvolvimento onde 50% do total de óbitos são em crianças abaixo dos 5 anos de idade (LEOWISKI, 1986).
Desde as primeiras estimativas divulgadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) referentes aos anos 1960-1970, os dados de mortalidade infantil e expectativa de vida são extensivamente avaliados e discutidos.
Acredita-se que mais de 40 % dos lactentes e crianças de 1- 4 anos de vida vivam em países onde a taxa de mortalidade infantil ultrapassa 100 óbitos em 1000 nascidos vivos por ano (LEOWISKI, 1986).
Parasitoses, diarreia, infecções respiratórias agudas e desnutrição são isoladamente, ou em combinação, as principais responsáveis pelos altos índices de mortalidade.
Desenvolvimento da pesquisa
Nos países com padrão de desenvolvimento similar ao Brasil, o peso dos fatores sociais e da melhora das condições de vida na redução da mortalidade, sobretudo da infantil, foi sensivelmente menos expressivo. No Brasil, praticamente não ocorreram nas três últimas décadas mudanças significativas na distribuição dos rendimentos, nas condições de trabalho, moradia, proteção social, na estrutura de acesso e propriedade da terra. O que se observou foi uma exacerbação,
“do modelo de controle público da mortalidade pela ação dos serviços médico-sanitários, sobretudo no campo preventivo”. A essa ação, como fator relativamente novo e emergente, somou-se a participação e conscientização embrionária de várias comunidades, associações civis, entidades não