Inclusão e mercado de trabalho – Papel da escola na transição para a vida adulta de alunos com NEE», de Carlos Manuel Peixoto Afonso – Uma reflexão crítica

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«Inclusão e mercado de trabalho – Papel da escola na transição para a vida adulta de alunos com NEE», de Carlos Manuel Peixoto Afonso – Uma reflexão crítica

Da mesma forma que uma família, quando recebe inesperadamente um novo membro com características que se desviam do padrão e do universalmente aceite como padrão ou modelo normativo, reage, primeiro, com o choque da surpresa e a recusa, seguido da dificuldade ou sentimento de incapacidade ou impotência para lidar com a aceitação desta diferença, até à procura de respostas e de soluções, também a escola passa pelo mesmo processo de integrar todos aqueles para os quais nunca esteve disponível ou acessível. Assim, passado esse primeiro momento de confrontação, a escola procura ainda caminhos que conduzam a essa difícil tarefa e objetivo que seria a realização da plena inclusão, passando do que é ainda um desejo ou vontade para uma realidade.
Daí o autor do texto começar por referir a necessidade de precisar e delimitar o conceito de inclusão, assim como as mudanças que essa renovação implica. Deste modo, compete à escola determinar, agora, novas formas de intervir, de maneira a evitar cair nos efeitos perversos que sempre resultam de uma pouco planificada teoria e política de inclusão.
Chamando a atenção para este terreno tão pantanoso que é o campo da diferença, o autor dirige este aviso para as areias movediças nas quais a escola se viu a caminhar, num drama esquizofrénico para encontrar consensos e homogeneização num universo de diferenças, de desigualdades. Assim, essa primeira cilada da inclusão consistiu numa aceitação envergonhada das diferenças, disfarçando essas desigualdades, o que conduziu tanto a uma tendência para a
“guetização” como a uma oposta tendência para a homogeneização. Vendo-se, assim, confrontada com este dilema, sem conseguir compatibilizar a igualdade de direitos sociais e cívicos com o respeito e aceitação da individualidade (na sua multiplicidade que inclui a

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